Se você é sócio, proprietário, gestor ou gerente de uma empresa do mercado da beleza, esse texto é para você.
Seja um salão de beleza, uma esmalteria, uma barbearia ou um Studio…. todos esses tipos de empresas têm em comum as relações trabalhistas, o tipo de serviço prestado e claro, os desafios diários.
E eu sei que os desafios diários são muitos….
Desde ter que se dividir entre os papéis de Empresária, mãe, esposa e dona de casa, até os desafios dentro da sua própria empresa.
Ser Empresária da Beleza é como ser artista de circo, uma equilibrista – tem que equilibrar vários pratos ao mesmo tempo!
Como Empresária da Beleza, você precisa cuidar do cliente, desde divulgação, trazer novos clientes, cuidar muito bem dos que você já tem….. você precisa cuidar também do andamento da sua empresa, pensar nas compras, na gestão do estoque, na manutenção do imóvel e dos equipamentos.
Precisa cuidar das finanças, do pagamento das contas, cálculos de comissões e do próprio preço. E principalmente, precisa cuidar da sua equipe.
Cuidar da equipe começa desde o recrutamento e seleção de pessoas. A contratação precisa ser pensada e planejada em cada passo.
No mercado da beleza, temos dois tipos de relações trabalhistas: CLT e contrato pela Lei do Salão Parceiro. Na primeira, o profissional é seu funcionário, tem que ser subordinado e tem todos os direitos trabalhistas previstos em lei.
Pela Lei do Salão Parceiro, o profisisonal é um Parceiro, ou seja, ela não é seu funcionário e não tem nenhuma subordinação.
E é aí que começam os desafios. Quando contratamos pela CLT, o profissional é nosso funcionário e tem que obedecer às ordens, ele é subordinado. Porém, quando contratamos pela Lei do Salão Parceiro, a primeira característica dessa relação prevista em lei é a ausência de subordinação.
Ou seja, o profissional não vai te “obedecer”, pois ele não é seu funcionário e nem seu filho!!!!!!!!
E então, o que fazer?
Eu vejo muitos gestores nesse momento desesperados, achando que é impossível manter uma relação assim.
Seja porque querem simplesmente mandar, seja porque não sabem liderar.
Mas calma, não é tão desesperador assim. O profissional não é seu funcionário, não é subordinado, mas ele também não vai “fazer o que quer”, ou se tornar simplesmente um anarquista.
Todo e qualquer relacionamento em sociedade precisa de regras. O ser humano precisa de limites para sobreviver em sociedade.
Quando uma criança entra na escola, ela faz o que quer? é claro que não! Mesmo os mais mimados, acabam se deparando com regras e limites a seguir.
Para um bom relacionamento familiar, cada um vai fazer o que quer? também não! Precisamos de regras e limites para qualquer relacionamento interpessoal.
A convivência em sociedade exige isso. E não é diferente dentro da sua empresa.
O primeiro problema que vejo é a postura, o mindset do próprio dono ou gestor da empresa.
Se você chegar às 20h00 em uma agência bancária e falar que quer ir ao caixa pagar uma conta vai conseguir?
E se chegar às 17h00 e falar que é mãe do gerente, vai conseguir?
É claro que não em nenhuma das duas situações! E porque?
Pelo simples fato que a agência bancária é uma empresa e lá existem regras.
Então me responde porque sua cliente chega a hora que quer e é atendida em sua empresa?
Salão de Beleza é uma empresa e precisa ser administrado como empresa.
Então você precisa de regras!
Antes de cobrar o seu profissional sobre esse ou aquele comportamento, mostre a ele quais são os comportamentos aceitos ou não em sua empresa.
Você precisa definir as regras. Você precisa ter um Manual de Rotinas e Procedimentos.
Esse documento vai dizer como você, criador e dono da empresa, quer que as coisas aconteçam!
Não adianta cobrar se antes você não disse, não ensinou!
Então, mãos à obra, comece agora mesmo a construir o seu Manual de Rotinas e Procedimentos.
Nele deve ter os principais itens da cultura de sua empresa, para apresentar aos novos integrantes da equipe o seu negócio.
Você deve definir o Manual de Conduta, com as regras de comportamento.
É nesse documento também que você vai definir o padrão de vestimenta. Uma empresa que define uma padrão de vestimenta, mostra ao seu público profissionalismo e cuidado.
Não podemos exigir o uso do uniforme em uma relação de parceria, pois isso pode significar vínculo trabalhista. Mas podemos definir um padrão de vestimenta, como uma cor por exemplo.
Todos os cabeleireiros trabalham de preto, todas esteticistas de branco, todas manicures de branco ou rosa….
No Manual de Rotinas e Procedimentos e que você define também as rotinas os processos de cada profissional.
Por exemplo: as manicures abrem o embalagem da autoclave a frente do cliente? Para que todas procedam do mesmo jeito, você precisa definir esse processo no Manual de Rotinas e Procedimentos.
A grande dúvida de muitos gestores é como escrevere principalmente, implementar esse Manual.
Por não desenvolverem o perfil de liderança, não sabe como convencer toda a equipe a segui-lo.
Eu crieium curso completo onde ensino o passo a passo de como escrever cada um dos itens desse Manual e como colocarem prática.
Se você está começando um negócio, vai ainda abrir sua empresa no mercado da beleza, esse é o momento certo de fazer o curso, aprender e fazer o seu Manual de Rotinas e Procedimentos.
Agora se você já está no mercado há muito tempo, já tem uma equipe formada, está com problemas com profissionais que não te obedecem, você também precisa escrever o seu Manual.
Porém, o que eu ensino no meu curso é que, para que esse Manual seja aceito pela equipe e principalmente, obedecido, é preciso um alinhamento em sua construção.
Você precisa envolver a sua equipe nessa escrita. É o momento de sentar com a sua equipe ouvir o que cada um tem de expectativa quanto ao funcionamento da empresa, quanto às regras e até quanto ao comportamento de cada integrante da equipe.
Quer saber mais sobre esse curso ou precisa de uma mentoria? Entre em contato pelo meu perfil no Instagram @giovanaquini.oficial.
Profa. Ms. Giovana Quini
Mentora, Coach e Palestrante
Especialista em Gestão de Pessoas
Apaixonada pelo mundo da beleza