organizar escala de trabalho

Como organizar a escala de trabalho no seu negócio de beleza

Quando pensamos em criar uma escala de trabalho para um negócio de beleza (seja salão de beleza, barbearia, clínica estética ou qualquer outro no segmento), muitos fatores entram em jogo. Por exemplo, os profissionais do seu salão são contratados pelo regime CLT ou são autônomos regidos pela Lei do Salão Parceiro? E quanto à equipe de apoio, como recepcionistas? Você tem mais de uma? Divide em turnos? Essas são apenas algumas das questões que, por outro lado, precisam ser consideradas para garantir que o salão funcione sem interrupções. Além disso, é fundamental respeitar as leis trabalhistas quanto a flexibilidade dos profissionais autônomos.
Neste artigo, vamos abordar como organizar uma escala que respeite essas diferenças legalmente, mantendo a eficiência e a produtividade do seu negócio.

Escala de trabalho para regime CLT em Salões de Beleza

Os profissionais ou colaboradores contratados sob o regime CLT em salões de beleza têm uma série de direitos e deveres que precisam ser respeitados para garantir o cumprimento das leis trabalhistas. Primeiramente, é fundamental observar a jornada de trabalho, que pode ser de até 44 horas semanais, com no máximo 8 horas por dia. Já em jornadas de 6 horas, o intervalo é de 15 minutos, enquanto em jornadas de 8 horas, o intervalo obrigatório para refeição e descanso é de 1 hora.

Além disso, é importante lembrar que os colaboradores CLT têm direito a uma folga semanal. Normalmente, utiliza-se a escala 6×1, onde o trabalhador descansa um dia após seis dias consecutivos de trabalho. Para lidar com a sobrecarga de trabalho em momentos de alta demanda, é possível contar com horas extras, que devem ser pagas com um adicional de 50% sobre a hora normal ou compensadas por meio de banco de horas, desde que isso esteja acordado entre as partes.

Outro aspecto que não deve ser esquecido é o controle de ponto, que pode ser feito manualmente ou de forma digital. Sem dúvida, esse controle é importante para registrar a jornada de trabalho dos colaboradores, evitando problemas futuros com relação a horas extras, atrasos ou faltas. Seguindo essas regras, é possível estruturar uma escala eficiente, garantindo que o salão funcione de forma regular, sem comprometer os direitos dos colaboradores.

Regime de trabalho para profissionais autônomos – Lei Salão Parceiro

O regime de trabalho para profissionais autônomos, regido pela Lei do Salão Parceiro, trouxe mais flexibilidade tanto para os salões quanto para os profissionais que atuam como cabeleireiros, manicures, barbeiros, entre outros. Diferente dos colaboradores CLT, os profissionais parceiros têm maior liberdade para definir seus horários de trabalho, já que a autonomia é um dos principais pilares desse modelo. Eles podem ajustar sua agenda conforme a demanda do salão ou sua própria disponibilidade, sem estarem atrelados a uma carga horária fixa.

Além da flexibilidade de horário, a remuneração dos profissionais parceiros também funciona de maneira distinta. Ao invés de um salário fixo, eles recebem uma porcentagem sobre os serviços prestados, conforme estabelecido no contrato de parceria. Esse modelo permite que o profissional tenha ganhos proporcionais ao volume de atendimentos realizados, o que pode ser especialmente vantajoso em períodos de alta demanda.

Por falar em demanda, a escala flexível é outro benefício importante para os profissionais regidos por essa lei. Como não há a obrigatoriedade de controle de ponto, o parceiro pode ajustar sua presença no salão de acordo com os horários mais movimentados, como fins de semana e datas especiais, sem a imposição de uma jornada rígida. Essa flexibilidade beneficia tanto o profissional quanto o salão, que pode contar com mais disponibilidade nos momentos de maior fluxo.

Sugestões de Escala para CLT e Parceiros

Sugestão de Escala para Profissionais CLT

Os profissionais ou colaboradores contratados sob o regime CLT precisam seguir horários fixos e ter suas horas monitoradas. Assim, para garantir o bom funcionamento do salão e atender à demanda dos clientes, veja a sugestão de escala:

Segunda a Sexta:

Turno Manhã (9h – 15h): Colaboradores CLT podem trabalhar em horários fixos, cobrindo a manhã e o início da tarde. Essa escala permite intervalos estratégicos durante horários de menor movimento.

Turno Tarde (12h – 18h): Outro grupo de colaboradores CLT pode cobrir o período da tarde até o início da noite, garantindo o atendimento contínuo durante todo o dia.

Sábados:

A escala 6×1 permite que os celetistas trabalhem aos sábados, o que é fundamental, já que esse costuma ser um dia de maior fluxo de clientes. O ideal é dividir a equipe entre o turno da manhã e da tarde.

Domingos e Feriados:

Celetistas devem ser escalados em esquema de revezamento ou banco de horas para dias de maior movimento, como feriados ou datas comemorativas.

Sugestão de Escala para Profissionais Parceiros (Lei do Salão Parceiro)

Como profissionais parceiros têm flexibilidade de horário, a escala pode ser ajustada conforme a demanda e o interesse dos profissionais. Uma abordagem comum é sugerir horários em que o salão tem mais clientes, sem imposição de jornada fixa:

Segunda a Sexta:

Flexibilidade Total: Os parceiros podem escolher os melhores horários para trabalhar, mas é recomendável incentivá-los a se concentrar nos períodos de maior demanda, ou seja, quando o salão recebe mais clientes.

Sábados e Domingos:

Esses são dias de maior movimento, e a presença dos parceiros é valiosa. É interessante que os profissionais parceiros ajustem sua disponibilidade para cobrir esses horários sem necessidade de escalas rígidas.

Datas Comemorativas:

Nos períodos de alta demanda, como vésperas de feriados ou dias festivos, os parceiros podem se organizar para oferecer mais horários disponíveis, maximizando os ganhos e o atendimento do salão.

Dicas para Planejar e Gerenciar Escalas de Trabalho no Salão de Beleza

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Fazer uma boa escala de trabalho é mais do que apenas definir quem vai trabalhar e em qual horário. A organização e a comunicação são fundamentais para que o salão funcione bem, sem prejudicar o atendimento ou sobrecarregar a equipe.

Primeiro, é importante que o gestor consiga prever a demanda do salão. Saber quais dias e horários costumam ter mais clientes ajuda a organizar a escala de forma inteligente. Com isso, você garante que sempre terá o número certo de profissionais disponíveis nos momentos de maior movimento, evitando problemas como falta de profissionais em dias lotados ou excesso de gente em dias mais tranquilos.

Outro ponto importante é manter uma escala flexível para os profissionais autônomos, que trabalham sob a Lei do Salão Parceiro. Mesmo com a liberdade que eles têm para organizar seus horários, sugerir os dias de maior demanda ajuda a manter o salão sempre bem atendido. Dessa forma, você evita ficar sem profissionais nos dias mais movimentados.

Para os colaboradores que seguem o regime CLT, a comunicação sobre a escala deve ser clara e antecipada. Alterações nos horários, revezamentos ou a necessidade de horas extras devem ser informados com antecedência para evitar confusões e garantir o cumprimento das leis trabalhistas.

Deixe claro para toda a equipe quais são seus horários e funções. Usar ferramentas como planilhas online, grupos de mensagens ou até aplicativos pode facilitar esse processo e garantir que todos estejam sempre alinhados. Além disso, promover reuniões rápidas e frequentes pode ajudar a discutir mudanças na escala e a ouvir sugestões dos profissionais.

Por fim, lembre-se de estar sempre disponível para ajustes de última hora. Imprevistos acontecem, e ter uma comunicação aberta com a equipe ajuda a resolver esses problemas de forma rápida e sem prejudicar o funcionamento do salão.

Conclusão

A criação de uma escala de trabalho eficiente em um salão de beleza, portanto, depende de equilibrar as regras trabalhistas dos colaboradores CLT com a flexibilidade dos profissionais parceiros. Com uma escala bem planejada, é possível garantir o bom funcionamento do salão, a satisfação dos clientes e o cumprimento das obrigações legais.

A chave é encontrar um modelo de escala que respeite as leis trabalhistas e as necessidades de todos os envolvidos, criando um ambiente de trabalho eficiente e harmonioso.

Utilizando plataformas como a Graces, a gestão de pessoas e a organização das agendas se tornam muito mais simples, ajudando a evitar sobrecargas de trabalho. Além disso, os diversos relatórios que a plataforma oferece permitem uma análise detalhada de cada profissional. Com eles, é possível avaliar a produtividade, o desempenho individual e até mesmo otimizar a escala de horários de forma mais eficiente.

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